quarta-feira, 19 de dezembro de 2012

Thainaja concede o prajied preto para mais três professores



Giovani Souza, Julinho Borges, da Federação Paranaense de Muay Thai e MMA, mestre Rafael Thainaja, Douglas 'Da Lua' Lima e Gilberto 'Giba' Rodrigues.



A Thainaja tem três novos donos do prajied preto: Gilberto Rodrigues, o ‘Giba’, Douglas Lima, o 'Da Lua', e Giovani Souza.  A equipe realizou um grande exame no dia 24 de novembro, quando os três se qualificaram para obter o grau máximo da “luta das oito armas”. Anos de trabalho, momentos difíceis, treinos árduos, e atividade didática incessante são marcas da trajetória de cada um destes discípulos do mestre Rafael Thainaja, testemunhadas por praticantes da modalidade de dentro e de fora da equipe.
Vale muito a pena conferir o depoimento de cada um. Vamos a eles:
Giovani Souza:

Para mim, é muito gratificante, hoje, após 8 anos de Thainaja, conseguir o prajied preto. Fico grato em ser reconhecido não só pelo mestre Rafael, mas também por toda a equipe Thainaja; seja pelos lutadores, pelos alunos mais velhos e também pelos iniciantes. Fico grato a todos por acharem que foi muito merecido. Com muito orgulho, hoje posso dizer sou um lutador da Thainaja formado, com um bom cartel, e agradeço a todos que estiveram presentes no meu exame, e que me acompanharam em tantos momentos desta caminhada. Também gostei de ter me graduado junto a pessoas como o Giba e o Douglas, pois eles são feras. Sempre me espelhei neles desde que entrei na equipe. Sempre quis ser tão bom quanto eles. 

Douglas Lima:


Por volta de 1997, 1999, não me recordo bem, fui a um torneio de artes marciais em Piraquara. E então assisti uma lutas de uns “homens de preto”, que era assim que estavam chamado os caras da Thainaja naquele dia. Lutaram três atletas da equipe naquele dia. Acho que eram Jausto, Adriano B.O. e, salvo engano, o ‘Pirata’.  Três lutas, três vitórias, mas quatro troféus. Um foi dado ao mestre Rafael: “melhor técnico”. Aí, fui atrás dos caras e fiz algumas aulas. Mas, como o sistema era mais bruto que hoje, e eu tinha problemas no joelho desde criança, e os médicos me proibiam atividades físicas intensas. Eu tinha até vergonha desse problema, não gostava de conversar a respeito.


Desde pequeno não tive uma boa formação óssea dos meus joelhos. Sempre senti muitas dores pelo simples fato de estar em pé. Tinha vergonha disso, Mas sempre quis fazer tudo que tive vontade, e coisas que qualquer criança tem vontade de fazer. Cheguei a ouvir:
"Repito, se ele se machucar corre o risco de ficar de cama por uns 6 meses. Faça com que ele evite ao máximo a pratica de qualquer esporte, que apenas fique em repouso aguardando uma melhora significativa em seu quadro."
Frase marcante que usei como um trampolim para começar a praticar tudo que tinha vontade, só pra provar para aquele cara que ele estava muito errado.  Adiante, voltei a treinar na academia Tamy's, na Barão do Rio Branco. Treinava todos os dias, com a Priscila e o Eduardo, o mesmo que quebrou meu nariz, jamais vou esquecê-lo, pois o mestrão nos mandou fazer uma luvinha, para colocar em prática algo que ele acabara de me ensinar. E não é que o mestrão estava certo... Haha! Consequência: nariz quebrado e uma pausa na academia, pois minha mãe não pagaria mais minha mensalidade. E então comecei a trabalhar na feira com meu tio para pagar o Muay Thai. Mudamos para a academia Ambient's. Dali, a Thainaj foi outros lugares: CIC, Santa felicidade, Mal. Deodoro, Mal. Floriano, e agora na Tobias de Macedo com Riachuelo.

Nunca tive a pretensão ou vontade de lutar. Isso o mestre sempre soube, nunca me questionou, apenas respeitou minha vontade.
Mas a verdade deve ser dita: sempre tive medo de machucar meu joelho. Jamais pensei que fosse me graduar a ponto de dar aula, pois nunca lutei. Fui questionado por várias pessoas por nunca ter subido num ringue. E aprendi com meu segundo pai:
“Você sabe melhor que ninguém, que não deve e nem precisa se dar o trabalho de tentar se explicar ou provar quem você é ou o que você sabe”.

Tão marcante quanto umas das frases que tive o prazer de ouvir da boca do mestre Rafael Thainaja, diante de todos os presentes na entrega do meu prajied preto:
“Se esse cara não for digno de merecer a preta, quem merece então?
‘Vixe! Chorei pouco, hein!? Hahaha!
Gilberto Rodrigues, o ‘Giba’:
Para mim a conquista do prajied preto é um sonho realizado, fruto de um trabalho de 13 anos. Muitos treinos, algumas lutas, muitas lições aprendidas, muita diversão também. Muito apoio aos parceiros, no trabalho de corner em diversos eventos, e, graças a Deus, muitos alunos hoje com um alto nível técnico, pois sou muito exigente com isto.

Hoje dou aulas em Tijucas, Santa Catarina, e tenho vários atletas prontos para competir. Alguns já contabilizam belas vitórias em eventos amadores.

Encarei algumas “pedreiras” nos ringues, mas não foram muitas. Vi que meu talento mesmo era como professor. Mas também lutei em outras modalidades, como, o submission e o boxe.

Já vi muita gente querer lutar, a achar que faria uma grande carreira, e ao fim das contas, desistirem. Não foram poucas estas pessoas. Comigo foi diferente. Me entreguei de corpo e alma ao Muay Thai, e graças ao Rafael Thainaja aprendi da melhor forma possível tudo o que pude da “luta das oito armas”.



É bom lembrar: Gilberto ‘Giba’ Rodrigues, Giovani Souza e Douglas ‘Da Lua’ Lima são professores autorizados pela Federação Paranense de Muay Thai e MMA.

Thainaja: excelência e tradição no ensino do Muay Thai.